Na tarde do dia 30/05 do corrente ano, a Adapi esteve reunida com a Câmara Especializada de Agronomia no plenarinho do CREA-PI para apresentação dos andamentos dos levantamentos e investigação da praga que vem atacando o feijão Caupi na região do semi-árido do Estado do Piauí.
Ozael Valério, engenheiro agrônomo, Fiscal Estadual Agropecuário e Gerente de Defesa Vegetal apresentou aos conselheiros da Câmara especializada de Agronomia o histórico da investigação, que se iniciou no dia 27/05 com visita a região de Ipiranga do Piauí e Pio IX, com visita a campo com o entomogista Paulo Henrique e o fitopatologista Ataíde Cândido, ambos da Embrapa Meio Norte, referência da cultura desse tipo de feijão.
Na ocasião foram coletadas amostras de vagens atacadas e adultos em campo, bem como foram realizadas observações de hábitos e capturas de adultos em propriedades desses 2 municípios, inclusive de campo experimental, além de conversa com presidente do sindicato de Pio IX sobre os prejuízos relatados em toda a região.
Na sequência foi apresentado um mapa com os municípios onde foram coletadas as amostras. Tal material foi enviado ao laboratório oficial do Ministério da Agricultura e pecuária para determinação da praga, porém só com resultado a nível de família através de análise molecular, além de já ter solicitado a APPM e a Fetag um documento com mais detalhes de relatos e impactos da praga na cultura.
Por indicação dos pesquisadores da Embrapa e do laboratório oficial, outras amostras seguiram para um taxonomista (especialista que estuda a diferenciação de espécie por detalhes do corpo do inseto) da UFPA - Universidade Federal do Pará, para uma identificação mais profunda dessa praga que se trata e se já é existente no Brasil ou se trata de praga exótica.
Finalizando a reunião, o Engenheiro Agrônomo Olavo Vieira Castelo Branco Filho, fiscal estadual agropecuário da ADAPI, e atual coordenador de agrotóxicos da agência, apresentou a legislação vigente que trata sobre a solicitação de estado de emergência sanitária (Decreto nº 8.133 de 28/10/2013), que está pendente por ainda não se saber qual praga se trata, bem como de que a publicação de qualquer estudo relativo ao inseto (ou qualquer outro inseto ou doença que apareça no estado) só pode ser divulgado com autorização da ADAPI, seguindo o rito da Lei Estadual nº 6.953, de 08/02/2017.
Outras considerações e pedidos foram colocadas pelos conselheiros regionais, o conselheiro e professor da UFPI, Dr. Arnaud Azevedo enfatizou a necessidade de seguir o rito administrativo, em relação a não divulgação de pesquisas no momento a respeito da atual praga e que as instituições de ensino devem ser as orientações da ADAPI, frisou ainda a necessidade da realização de novos cursos sobre receituário agronômico para atualizações dos engenheiro agrônomos do estado do Piauí.
1 Engº Agrônomo, Professor Arnaud Azevedo Alves – Conselheiro Regional do CREA, representante da UFPI
2 Engº Agrônomo, Antônio José Alves – Coordenador da Câmara Especializada de Agronomia, representante do SENGE (Sindicato dos Engenheiros do Estado do Piauí)
3 Engº Agrônomo, Demerval Luz – Conselheiro Regional, representante da AEAMP (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Macrorregião de Picos)
4 Engº Agrônomo, João Emídio – Conselheiro Regional, representante da AEAPI (Assosciação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Piauí)
5 Engª Agrônoma,Dayane Albano – Conselheira Regional, representante da AEAMP
6 Engº Civil, Leonardo Borges Moura, representante do plenário