O Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros tem como objetivo o controle da ocorrência da Raiva de herbívoros no Brasil e não a convivência com a doença, contribuindo assim para o crescimento do setor agropecuário, diminuindo os prejuízos aos produtores e ao mesmo tempo promovendo a saúde única, já que a raiva é uma zoonose, através do controle dos morcegos hematófagos, cadastramento de abrigos assim como ações de educação sanitária.
Como estratégias do programa temos:
* Controle da população de morcegos hematófagos;
* Cadastramento de propriedades rurais, cadastramento e monitoramento de abrigos de morcegos hematófagos;
* Execução da vigilância nas áreas ou propriedades de risco;
* Atendimento aos focos da doença;
* Educação em saúde;
* Orientação da vacinação de herbívoros domésticos.
Alguns fatores contribuem para o aumento dos casos de raiva nos herbívoros, como:
* Alterações no meio ambiente que acontecem principalmente por desmatamento, crescimento das cidades, ampliação de rodovias, onde alteraram o meio ambiente e o habitat natural destes morcegos hematófagos, fazendo com que os mesmos procurem novos locais para se abrigar assim como novas fontes de alimentação;
* Crescimento da população dos morcegos hematófagos devido ao aumento da oferta de alimentos;
* Baixa cobertura vacinal dos animais.
Atualmente o PECRH segue as orientações da Legislação Federal do Ministério da Agricultura, que aprova as Normas Técnicas para o Controle da Raiva dos Herbívoros no Brasil (Instrução Normativa Ministerial nº 5, de 1º de março de 2002).
É importante que o produtor rural realize as vacinações periódicas contra a raiva do seu rebanho, com a finalidade de prevenir a doença, já que a raiva não tem cura. Em caso de animais com sintomatologia neurológica, presença de sinais de mordeduras de morcegos hematófagos ou presença de abrigos de morcegos em sua propriedade, o produtor deve notificar a ADAPI em qualquer um dos seus escritórios para que possa ser realizado o atendimento.
PNEEB
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, atento à vigilância da doença no país, criou o Programa Nacional de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), popularmente conhecida como Doença da Vaca Louca. Apesar de nunca ter sido notificada no Brasil, mas devido à preocupação da população com esta doença, por representar riscos à saúde humana e consequentemente riscos à comercialização de animais, produtos e subprodutos de origem animal, são adotadas diversas medidas de prevenção e vigilância da EEB, com a finalidade de assegurar a saúde da população, assim como a sanidade dos rebanhos.
O PNEEB tem como objetivos evitar a entrada do agente da encefalopatia espongiforme bovina - EEB no território Nacional; aplicar medidas de mitigação de risco, para evitar eventual difusão do agente da EEB no país; e manter um sistema de vigilância para detecção de animais infectados por encefalopatias espongiformes transmissíveis.
O PNEEB abrange todo o território nacional e, desde 2012, o Brasil é categorizado pela Organização Mundial de Saúde Animal como de “risco insignificante” para EEB, ou seja, o menor e melhor grau de risco da classificação.