O serviço é realizado pela ADAPI em propriedades rurais de maior risco para a doença
Cerca de 600 propriedades rurais contarão com o serviço de vacinação assistida ou fiscalizada na última Campanha de Imunização Contra a Febre Aftosa no Piauí. O serviço é realizado por técnicos do Serviço Veterinário Oficial (SVO) da Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI), consiste no acompanhamento da aplicação dos imunizantes em todo ou em parte do rebanho de bovinos e bubalinos os estabelecimentos rurais selecionados.
“Na vacinação assistida nossos técnicos acompanham a imunização do início ao fim. Através desse trabalho demonstramos na prática como deve ser feita a aplicação da vacina, além de garantirmos que a imunização foi realizada da forma correta”, destaca Simone Lima, coordenadora do Programa Estadual de Vigilância para a Febre Aftosa.
A meta da ADAPI é realizar o serviço em 1% dos 59.410 das propriedades situadas no território piauiense até o dia 30 de abril, quando encerra o prazo da campanha. O critério prioritário de seleção são estabelecimentos com maior fluxo de entrada e saída de animais, além de propriedades situadas próximas à frigoríficos, matadouros, parques de vaquejada ou em estradas com grande movimentação de transporte de animais.
Prazo improrrogável
A partir de 1º de maio de 2024, o Piauí será considerado zona livre da aftosa sem vacinação com reconhecimento nacional, o que impede qualquer imunização contra a doença em animais em nosso território. Por isso, Simone Lima destaca que não há possibilidade de prorrogar o prazo nessa última etapa. “Nosso grande desafio é alcançar uma excelente cobertura até o dia 30 de abril. Os nossos produtores precisam saber que diferente de outras campanhas, nessa não poderemos dar um prazo maior”.
O secretário da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária, Fábio Abreu, lembra a importância histórica do avanço da classificação sanitária do Piauí em relação a febre aftosa e lembra que até 2025 o trabalho será de grande esforço para que o Estado obtenha o reconhecimento internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). “Atingir um bom percentual de cobertura é um passo dessa trajetória. Durante todo esse ano teremos que cumprir uma série de outros critérios para que no próximo ano possamos ter o certificado internacional de zona livre da doença sem vacinação, ou seja, teremos um rebanho com qualidade para conquistar mercados fora do país”.